Beautiful Disaster

Beautiful Disaster
I'm just a beautiful disaster that came to your life miserable

24 de fevereiro de 2010

Gostosuras ou Travessuras?

Bom, tudo começou quando eu fui convidada para uma festa no dia trinta e um de outubro. Entre máscaras, sorrisos e fantasias acabaram por descobrir que a tal "reunião" seria na casa de um amigo que morava logo após o cemitério da cidade. De começo isso não fez muita diferença, mas no dia por volta das vinte e duas horas a galera chegou para me buscar, peguei minhas coisinhas e lá fomos nós. As ruas estavam desertas e escuras, eu nunca havia acreditado em nada dessas coisas paranormais, mas aquele dia estava realmente estranho. Conversa vai conversa vem e nós chegamos perto do tal cemitério, claro que sempre tem um engraçadinho que gosta de aparecer e lá foi meu colega propor:

- Para o nosso Halloween mais divertido, que tal darmos uma voltinha no cemitério? - Idéia absurda eu sei, mas todos concordaram e eu não ia negar na frente de toda turma, no fundo eu até achei que seria excitante. Visitar um cemitério em pleno dia das bruxas? Melhor impossível, então lá fomos nós.

Quando começamos a caminhar pelos túmulos, arrepios e mais arrepios percorriam meu corpo, eu evitava olhar para aquelas lápides, mas era impossível. Elas me chamavam a atenção, de um jeito absurdamente sinistro.
Enquanto eu viajava, pensando na vida dessas pessoas mortas, um grito agudo foi ouvido , todos nós viramos na direção de um túmulo, todo de mármore negro, ele estava entreaberto, e havia um vulto, de um homem percebi, ao lado. Meus ossos se liquefizeram, o medo percorria minhas veias. Todos nós demos um grito de terror e fomos correndo em direção ao carro, quando passamos por ele, o vulto sussurrou meu nome “Anne”, ele disse, com sua voz melodiosa e assustadora. Corri mais ainda.
Chegamos ao carro e praticamente voamos para a tal festa. Ao chegar lá, todos ainda estávamos assustados, só que fazíamos piadas e riamos. O ambiente estava melhor, mas aquela maldita voz ecoava em minha mente, como um aviso. Um aviso doce e dilacerante. Um aviso de que minha vida mudaria para sempre naquela noite. Naquela mesma noite. Única e pavorosa. Todos viram o semblante de medo que eu tinha estampado em meu rosto e perguntaram se eu estava bem, eu respondi que sim e fomos para a festa.
Chegando lá, tudo era diversão. Era obvio que como o clima era de hallowen havia um toque de magia e mistério no ar. O que seria divertido se meu coração não batesse tão rápido, a ponto de sair pela boca. Respirei fundo diversas vezes, tentando me controlar. No “meio” da festa, eu já estava melhor, só que coisas estranhas começaram a acontecer. Meus amigos foram sumindo, um por um e eu senti que seria a próxima.
Quando todos simplesmente sumiram de lá e pessoa que falavam comigo também, senti que eu era um perigo, ficando ali, para outros. Saí discretamente e corri em direção ao cemitério. Ele não era tão longe e eu sabia que o me queria, estava ali. Agora eu sabia quem era e por mais que o medo corresse em minhas veias, eu aceitei a minha sina.
Todo ano, neste dia, corre a lenda em minha cidade, que uma jovem é “colhida”, assim como uma rosa em um jardim. Essa jovem seria eu. O destino dela é ficar para sempre ao lado de um dos vários bruxos que morrerão ali, naquele cemitério, há 500 anos atrás. O que me escolherá, deveria ser o mais novo. Morreu com uns 20 anos, segundo a lenda. Mas somente uma coisa que ela não conta: o que acontece com as garotas. Seus corpos nunca foram encontrados. Suas famílias não têm mais noticia delas. Eu acho que vou morrer.
Corri com toda a minha força e parei em frente ao tumulo negro de mármore. Senti o medo mais forte dentro de mim, crescendo tão rápido que me dominava, mas outra emoção também crescia: expectativa. Eu nunca acreditara nesta lenda e agora ela iria realmente acontecer comigo. Era algo fora do comum, do normal.
Senti um cheiro doce, embriagante se aproximando e percebi: era o meu fim. Braços fortes rodearam a minha cintura e em questão de segundos, algo atingiu meu pescoço, dentes, percebi aos poucos que um líquido gelado entrava no meu corpo e meu sangue não saia de lá, como eu imaginara. Eu não lutei e segundos depois, lábios frios tocaram os meus.
Neste exato momento uma dor aguda atingiu meu coração e a escuridão me tragou para sempre.

Fim.

A única excessão

Oi, bem você pode pensar o que quiser, afinal a frase que inicia o texto pode significar muitas coisas nao acha? Mas eu vou falar apenas sobre uma delas... Obrigada por ler.
Baseado na musica The olny execption - Paramore - pode ouvir se quiser.

" Um dia eu acordei pensando que podia te perder e pra evitar sofrer, prefiri te deixar. Reconstrui minha vida sobre falsos alicerces. Eu estava sem você, razão da minha vida, meu viver, meu amor, minha alma.
Ignorei a tudo e a todos, tentei sair ate com outros cara, mas só com você eu me sentia completa, só com você eu sabia que seria eu mesma, só com você eu era viva. Porque viver sem te ter ao meu lado é, honestamente, a pior das experiencias.
Ignorei novamente tudo e voltei pra você, voltei antes mesmo de você perceber que eu havia me ido, porque de que adianta sofrer antecipadamente? Quem sabe se quando amanhecer você nao va embora? Quem sabe se eu nao vou te ver de novo? Quem sabe o que realmente pode acontecer?
Fiquei ao teu lado e percebi que por você eu corro o risco de sofrer, porque sei que você me quer como eu, pra sempre ao teu lado.

You are the only execption!"